quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

LÍDER CUBANO RENUNCIA À PRESIDENCIA

Fidel Castro


Após 49 anos no poder, o líder cubano Fidel Castro renuncia à Presidência de Cuba, por não se sentir em condições físicas para retornar ao cargo. A renúncia foi divulgada nesta terça-feira, 19, o que abre caminho para seu irmão Raúl, que está na presidência interinamente há um ano e meio, sucedê-lo na presidência com plena autonomia.

Na
mensagem publicada pelo jornal oficial do Partido Comunista Cubano, o Granma, Fidel disse que não aceitará o cargo de Presidente do Conselho de Estado, para o qual vinha sendo eleito e ratificado desde 1976, pois estaria traindo a sua consciência se ocupasse uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega total, já que não está em condições físicas para assumir.

Com a renuncia de Fidel, o futuro do regime comunista cubano é duvidoso. Mas autoridades cubanas insistem em dizer que não haverá transição e que o sistema político e econômico socialista da ilha irá sobreviver a Fidel.

Raúl Castro, 76, foi durante muito tempo sucessor designado de Fidel, sendo o número dois da hierarquia de poder e ministro da Defesa. Ele ainda participou do movimento revolucionário que derrubou o ditador Fulgêncio Batista desde 1953.

Outro nome de confiança do ex chefe de Estado de Cuba é o pediatra de formação, Carlos Lage Davila, que se tornou conselheiro de Fidel nos anos 90, quando o país parou de receber subsídios anuais de até US$ 6 bilhões após o colapso da União Soviética. Nessa época, conhecida como "período especial", tanto ele quanto Raúl apoiaram as reformas que permitiram a abertura de pequenos negócios.

Mesmo Fidel renunciando à Presidência, ele permanecerá como membro do parlamento e provavelmente será eleito como um dos 31 membros do Conselho de Estado. E ainda manterá o poderoso cargo de primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba.



A vida e saúde do líder cubano


Desde agosto de 2006, Fidel Castro, 81 anos, estava afastado em virtude de uma operação. Ao se afastar do cargo ele delegou suas funções ao irmão mais novo, Raúl, que comanda o regime desde então.

Fidel comandou o regime cubano como primeiro-ministro por 18 anos, passando à Presidência do país por escolha da Assembléia, eleita após a aprovação da Constituição Socialista de 1976.

Ele chegou ao poder no dia de ano-novo de 1959 e transformou Cuba num Estado comunista a 145 km da costa dos EUA em plena Guerra Fria. O ousado líder guerrilheiro sobreviveu a dezenas de tentativas de homicídio, uma invasão apoiada pela CIA e uma crise de mísseis que colocou o mundo à beira de uma guerra nuclear.

Segundo Lula, presidente do Brasil, Fidel é um mito construído "às custas de muita competência, caráter, força de vontade e também de muita divergência, de muita polêmica".


LÍDER INTERINO
Raúl, de 76 anos, está há quase meio século como número dois de Fidel. Durante o tempo que vem substituindo interinamente Fidel, ele despertou em muitos cubanos, expectativas de melhorias econômicas e mudanças estruturais na ilha.

Visto tanto como um potencial reformista como um rígido militar, Raúl basea seu governo no debate e nas decisões coletivas. Se Fidel Castro sempre foi movido pelos problemas da humanidade, Raúl parece mais concentrado nas questões internas. Uma de suas prioridades é revigorar a agricultura para colocar mais alimentos na mesa dos cubanos e poupar para o país algumas centenas de milhões de dólares em importações.

Ao apresentar, no ano passado, seu programa de governo, Raúl admitiu que os salários são insuficientes, que são necessárias reformas estruturais e que a economia tem que se abrir ao investimento estrangeiro.

"São enormes os desafios que temos pela frente, mas ninguém dúvida da firme convicção demonstrada por nosso povo de que só o socialismo é capaz de vencer as dificuldades e preservar as conquistas de quase meio século de Revolução", afirmou Raúl.

O irmão mais novo dos Castros nasceu em 3 de junho de 1931 na fazenda de sua família em Birán, na província de Holguín, leste de Cuba. Raúl, convertido ao marxismo muito antes de seu irmão, foi visto no passado como um dogmático que aproximou Cuba da União Soviética.


Leia mais sobre o governo de Raúl e os momentos mais marcantes da carreira política de Fidel durante os 49 anos que se manteve como chefe de Estado de Cuba:



Galeria de fotos


Fidel quando estava à frente do governo de Cuba



Fidel Castro demonstrando não ter condições
para assumir à Presidencia



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Segurança nunca é demais


Diariamente vemos nos noticiários, locais e nacionais, casos de violência praticados em sua maioria por jovens. As razões para esta triste realidade são várias, mas a principal é a falta de políticas públicas voltada para jovens e de segurança pública em grande parte das cidades brasileiras.

Os brasileiros, ultimamente, não têm segurança nem dentro da própria casa. É necessário aumentar a altura dos muros, colocarem grades em todas as janelas, cercas elétricas, câmeras, alarmes, entre outros recursos para que se tenha o mínino de segurança. Mas, o que fazer quanto às balas perdidas, cada vez mais freqüente nas grandes cidades?



O último mapa da violência dos municípios brasileiros, feito pela produção conjunta da Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA), do Instituto Sangari e dos ministérios da Saúde e Justiça, reforça com dados concretos o que já se desconfiava – mais mortes por armas de fogo e por acidentes no trânsito do que por epidemias.



Enquanto a população cresceu 16, 3%, num período de 10 anos, os homicídios tiveram um aumento de 20% no mesmo período, sendo que o maior aumento de homicídios foi entre jovens de 15 e 24 anos, e as mortes causadas pelos acidentes de transporte tiveram um aumento de 19%. Curiosamente a morte de pedestres continua maior do que os índices de mortes em acidentes de carros.


A violência não se restringe somente as metrópoles, mas já é problema de todas as cidades brasileiras. É cada vez mais necessário se investir na segurança pública, executar projetos sociais voltados aos jovens e, também não deixa de ser importante, investir na educação do brasileiro.

Visite o site do Ritla - Rede de Informação Tecnológica Latino Americana e veja o mapa das cidades mais violentas do Brasil. www.ritla.net