sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A TeleVISÃO

A vida social está em constante processo de construção e reconstrução, sendo permanentemente constituída e transformada pela ação e interação dos sujeitos. A televisão, como veículo influenciador de massa, por sua vez pode ser vista como algo que destrói ou danifica a construção de opiniões dos sujeitos e o modo deles agirem.
Sob este prisma, a TV pode ser vista como um meio que aliena, massifica e incentiva o impulso consumista em massa de produtos, forma opiniões – é onde mora o perigo, dita normas e regras, faz suscitar movimentos sociais e gera a nossa agenda setting. Ela também é capaz de modelar gostos, fazer suscitar vários questionamentos de ordem e convivência social, e principalmente pode ser um meio de educação muito eficaz.
O processo de convencimento da opinião pública se torna mais fácil se a TV dispõe de todos os meios e recursos necessários para tal fim. Assim, com o uso da linguagem, da imagem e do som, a TV aos poucos vai conquistando novos telespectadores, que, fascinados por esta caixa mágica, passam a aderir comportamentos e ideologias que são transmitidos a cada programa.
Sabemos que a televisão é um dos instrumentos mais democráticos em se tratando de informação e de programas voltados para o entretenimento. Mesmo sendo extremamente rejeitado e criticado por intelectuais e políticos, este veículo de comunicação foi e ainda é considerado um companheiro fiel, atento e reconfortante nas inquietações econômicas, sociais e culturais de nossas sociedades.
Para Muniz Sodré, um dos mais aplicados teóricos da comunicação de massa no Brasil, a televisão é um “sistema panóptico: o mais bem acabado momento técnico do panoptismo na comunicação social (...), responsável por uma relação social abstrata e passiva, modeladora ideológica dos acontecimentos”.
A babá eletrônica – como a TV é vista por milhares de mães – tem em sua grade programas para todos os públicos e idades. Para as crianças são oferecidos programas sem nenhuma graça, recheados de desenhos violentos e brincadeiras que despertam desde cedo, nos pequeninos, o desejo consumista.
Lynn Spigel nota que, “...a televisão figura como a expressão do progresso e de afirmações utópicas sobre a capacidade humana de conquistar e domesticar o espaço”.

Jandevânia Melo

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Comunicação: Necessidade Humana

Redação vencedora do 1º concurso da Semana pela Democratização da Comunicação

Tema: O papel da comunicação na sociedade
Aluna: Andréia Silva Souza 8ª série
Escola: E.M.E.F. Cecília Meireles


No tempo que vivemos o ser humano sente uma necessidade de se atualizar dentro da sociedade, pois cada vez mais ela cresce e se desenvolve. Para o ser humano estar interligado com os acontecimentos contemporâneos, ele deve em primeiro lugar está informado e para isso não existe meio melhor do que a comunicação.
Quando falamos de comunicação logo vem à idéia dos meios comunicativos como TV, rádio, telefone, internet, jornais, etc; não é mesmo? Isso acontece porque hoje em dia os principais fornecedores de noticiários informativos são esses e outros elementos tecnológicos que agiliza a comunicação entre sociedade e cidadão.
Não é a toa que cada vez mais o mundo se torna pequeno diante de seus habitantes, lugares até então desconhecidos, hoje, graças à comunicação é conhecido em quase todo mundo e pessoas desconhecidas podem fazer amizades do outro lado do mundo com a simples prática da internet.
E assim o mundo vai se tornando conhecido e as pessoas vão se aproximando, além de informar as pessoas, a comunicação tem como objetivo agilizar o procedimento de crescimento humano, pois desde o começo do mundo a comunicação é precisa, talvez sem comunicação o mundo nunca teria se desenvolvido como ele está hoje. Do que adianta existir o ser humano e não existir algo ou alguém que lhe faça ser alguém?
A comunicação nos faz ser alguém dentro da sociedade, pois além de ser informado a pessoa também informa. Dessa forma somos informados e formadores da sociedade contemporânea que cresce e desenvolve cada vez mais.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

3ª Semana pela Democratização da Comunicação é promovida em Parauapebas


Será realizado em Parauapebas, nos dias 17 a 22 de outubro a 3ª Semana Nacional pela Democratização da Comunicação (SNDC). O evento, promovido pela Turma de Jornalismo da Universidade Federal do Pará, traz como objetivo uma ampla discussão sobre o monopólio da mídia. Entre as ações da SNDC serão ministradas algumas oficinas, grupos de discussão (GD), mostra de filmes e concurso de redação.

O evento terá inicio pela manhã com uma manifestação pelas ruas da cidade, feita pelos alunos de comunicação e sociedade de modo geral. A partir das 19:00 será feita à abertura oficial da semana, no auditório do Centro Universitário, com a presença de algumas autoridades e representantes de empresas e escolas.

Já no dia 18 acontece os Gd’s (Grupos de Discussão) nas escolas de ensino médio, e nos dias 19 e 20 serão ministradas, no Centro Universitário, as oficinas de fanzine, cordel, libras, contrapropaganda, fotografia, etc; sendo as inscrições gratuitas.

A Semana pela Democratização da Comunicação ocorre em todo o Brasil, no mês de outubro, para discutir o direito à comunicação na sociedade da informação. Os meios de comunicação ocupam, atualmente, lugar central na organização da sociedade. Todas as discussões necessitam passar pelo mais importante espaço público de hoje, a mídia, já que esta é a maior (e para alguns, única) fonte de informação e entretenimento.
Monopolizar os meios de comunicação significa ter o poder de construir de forma unilateral, sentido, valores, idéias etc. È importante lembrar que em nosso país a propriedade dos meios de comunicação é de poucos grupos, geralmente famílias de políticos oligarcas. A mídia é usada para perpetuá-los no poder, não deixando espaço para ideais dissidentes. Diante disso, é essencial democratizar a comunicação para avançarmos nas lutas sociais.
Os grandes meios de informação constroem formas de representação da realidade social através das notícias, da publicidade, mas principalmente por meio da programação de entretenimento - novelas, minisséries e programas em geral - que oculta os reais problemas da população, gerando um clima de conformação, que traz consigo uma desmobilização generalizada e o sentimento de "não é possível mudar nada".
Entretanto podemos apreender que não existe democracia se cada pessoa não puder exercer seu direito de se comunicar. Tão prejudicial quanto o fato de não informar é uma abordagem tendenciosa e malfeita.

NÃO EXISTE DEMOCRACIA SEM UMA COMUNICAÇÃO DEMOCRÁTICA!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O valor da Beleza


Afinal, o que é beleza? Segundo o Aurélio beleza é uma qualidade de belo, coisa bela, muito agradável ou muito gostosa. Por sua vez belo é o que tem forma perfeita e proporções harmônicas, agradável aos sentidos e sereno.


O conceito de beleza não é visto igualmente por todos, o que é belo para um pode não ser belo para outro, depende do juízo feito pelo indivíduo sobre o objeto. E quem garante que o belo é tal padrão ou forma dita por um ou por outro?

Fazendo uso da linguagem o homem procura persuadir os outros de suas próprias idéias e opiniões, disseminando assim uma cultura conhecida por PIB (Padrão Inatingível de Beleza) que ganha a cada dia novos adeptos. Uma pena!

Como já dizia Platão a linguagem pode ser um medicamento para o conhecimento, pois pela comunicação conseguimos descobrir nossa ignorância e aprender com os outros. Pode, porém, ser um veneno quando pela sedução das palavras nos faz aceitar, fascinados, o que vimos ou lemos, sem que indaguemos se é certo ou não.

A imagem passada do “belo”, pela Tv, revistas e outdoor alimenta somente a indústria de cosméticos, confecções e plásticas, em nada favorece as mulheres de modo geral.
O critério de beleza ao longo dos anos foi modificando-se, em outrora o corpo feminino já foi elogiado por silhuetas e formas mais robustas.
Na pré-história mulheres com seios fartos e ancas bem definidas eram as prediletas dos homens, pois mostravam que eram bem alimentadas e capazes de gerar filhos sadios. Porém a forma ideal do corpo mudou muito, o que prevalece são formas “esculpidas” e delineadas.

No século VIII quanto mais barriga a mulher tivesse, mais bonita ela era, já por volta do século XVII o objeto de desejo era a famosa cinturinha de pilão e nos anos 40 as mulheres belas eram aquelas que tivessem formas mais masculinizadas com ombros mais largos. Mas foi a partir dos anos 60 que começou a corrida pelo sonho de ser eternamente jovem e a cultuar a magreza.

Hoje o que se vê é uma total escravidão ao perfeccionismo corporal, com formas magérrimas e seios de silicone, o padrão da vez é: magreza absoluta.

Em virtude dessa “escravidão” o número de adolescente anorexas é enorme, não se preocupam com sua essência ou saúde só com a aparência.

O culto ao corpo supermagro difundido pela mídia tem ocasionado uma psicose social coletiva que assassina a auto-estima e manipula a imagem de crianças e adultos, sem distinção de classe ou cor.

É cada vez mais freqüente ouvirmos falar em casos de bulemia entre jovens, que iludidos por uma forma “perfeita” sacrificam o próprio corpo e muitas vezes a própria vida. Até parece que estamos na era da imagem e não da informação.

A paranóia da imagem ideal ultrapassa a essência humana do indivíduo. Segundo Sócrates conhecer é passar da aparência à essência, da opinião ao conceito, do ponto de vista individual à idéia universal de cada um dos seres e de cada um dos valores da vida moral e política.

A busca pela perfeição, pelo “ideal”, pela superficialidade, tem levado as pessoas a agir sem raciocinar, tapando os olhos para o que realmente importa - o indivíduo como um todo e não como uma massa modelada e manipulada.

A sabedoria não consiste em ser perfeito, mas em saber que não somos e ter habilidade de usar nossas imperfeições para compreender as limitações da vida e amadurecer.

A beleza está nos olhos de quem vê e não em uma busca incessante por um padrão inatingível de beleza e nem por uma aceitação social por meio da mutilação da auto-estima.

Jandevânia Melo

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

ESCOLA PROMOVE ATIVIDADES DE CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL


COMO FORMA DE ALERTAR O EDUCANDO E A COMUNIDADE DE MODO GERAL, SOBRE OS EFEITOS DO AQUECIMENTO GLOBAL EM NOSSO PLANETA, A ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL JEAN PIAGET VEM DESENVOVENDO VÁRIAS ATIVIDADES QUE VISAM DESPERTAR O SENSO CRÍTICO QUANTO A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.

COM O TITULO “PLANETA VIVO: O DESAFIO DO SÉCULO”, O PROJETO QUE TEM POR FINALIDADE TRABALHAR A TEMATICA AQUECIMENTO GLOBAL, SERÁ DESENVOLVIDO DE FORMA INTERDISCIPLINAR POR PROFESSORES E ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR E POR ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA).

DENTRO DA TEMATICA VARIOS SUBTEMAS FORAM SELECIONADOS E DIVIDIDOS POR TURMA, A FIM DE SEREM DISCUTIDOS PARA ELABORAÇÃO DE ATIVIDADES COMO PESQUISAS, ENTREVISTAS, OFICINAS E ELABORAÇÃO DE TEXTOS.

COM DURAÇÃO DE DOIS MESES E MEIO O PROJETO, IDEALIZADO POR DIREÇÃO, PROFESSORES E SOB COORDENAÇÃO DE JAMES GOMES E LUZANIRA CRUZ, PROCURA ESCLARECER AOS EDUCANDOS DE QUE FORMA A ATIVIDADE HUMANA TEM PROMOVIDO O AUMENTO DO EFEITO ESTUFA, QUE DANOS A QUEIMADA VEM CAUSANDO AO MEIO AMBIENTE E QUE SOLUÇÕES E AÇÕES PRÁTICAS PODEMOS TOMAR PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DAS ESPÉCIES EXISTENTES NO PLANETA.

SEGUNDO O COORDENADOR DE 5ª A 8ª SÉRIE, JAMES GOMES, O PROJETO FOI ELABORADO A FIM DE DESENVOLVER UMA CONSCIÊNCIA CRÍTICA E REFLEXISIVA NO ALUNO ENQUANTO CIDADÃO, PROCURANDO INCENTIVAR NELE AÇÕES PRÁTICAS PARA MINIMIZAR OS PROBLEMAS AMBIENTAIS DA QUAL CONVIVE. “A ESCOLA TEM UM GRANDE PAPEL SOCIAL NA FORMAÇÃO DE CIDADÃOS CONSCIENTES, CRÍTICOS E TRANSFORMADORES DO AMBIENTE” AFIRMA JAMES GOMES.

AS ATIVIDADES PRODUZIDAS DURANTE TODO O PERÍODO DO PROJETO SERÃO APRESENTADAS NUMA EXPOSIÇÃO INTERDISCIPLINAR NOS DIAS 25 E 26 DE OUTUBRO NA PRÓPRIA ESCOLA.

PARA A COORDENADORA DA EJA, LUZANIRA CRUZ, O PROJETO É DE GRANDE IMPORTÂNCIA UMA VEZ QUE ENVOLVE TODAS AS DISCIPLINAS A CERCA DE UM ÚNICO DEBATE – AQUECIMENTO GLOBAL. SEGUNDO A COORDENADORA DA EJA, UM DOS OBJETIVOS É ALERTAR OS JOVENS QUANTO A NECESSIDADE DA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E DO NOSSO ESPAÇO, MOSTRAR O QUE TEM SIDO FEITO POR NÓS PARA AMENIZAR A SITUAÇÃO E O QUE AINDA É PRECISO FAZER.
Jandevânia Melo

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

SOCIEDADE E MÍDIA

A relação sociedade e mídia é histórica, sendo a comunicação um produto da modernidade, vista como um fenômeno de transformação social. O processo comunicativo pode acontecer pelo uso dos meios, das mensagens e dos canais.

No período histórico conhecido por modernidade, a comunicação passou a ser caracterizada como uma nova estrutura de relação entre individuo e realidade.
Estando este período histórico associado à evolução do capitalismo, marcado pela modificação da religiosidade tradicional, pela modificação da forma de produzir e por uma nova organização social. Podemos caracterizar este período como um projeto civilizatório, que trouxe novas tecnologias no campo do transporte, da ciência e da comunicação, surgindo nesse período à noção de sociedade de massa e cultura.

A cultura de massa, mediatizada, torna-se um fenômeno de transformação, que associada ao capitalismo procura padronizar ou moldar gostos, comportamentos, opiniões - que vão de encontro aos interesses do capital que move a mídia - o modo de vestir e pensar.

Nas sociedades atuais os meios de comunicação em massa, como a televisão, tem grande poder de persuasão, tentam influenciar os indivíduos no sentido de igualar as reações e a conduta, mas também leva o individuo, subjetivamente, a emitir sua própria opinião.
Contudo a experiência mediatizada atinge a todos de forma indireta, pois mostra na mídia o fato ocorrido tornando-o conhecido por todos, mas um individuo não pode ser alienado por completo, tendo este uma visão crítica, embora que as vezes rudimentar, que refletirá no seu cotidiano.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Telenovela e vida social


A telenovela, importante produto da cultura brasileira e programa de grande aceitação popular, dialoga com a realidade  frequentemente, mesmo sendo um produto ficcional da  TV  ela ajuda a evidenciar valores que constroem a sociedade. É um produto que se destina essencialmente a preencher o imaginário e o tempo, principalmente das donas de casas com a exploração das emoções, aproximando a narrativa ao tempo real do cotidiano.
Ela ocupa, assim, um importante lugar na cultura e na sociedade brasileira. Constrói uma história na tela em estreita relação com a realidade em que se situa, trazendo para a construção das personagens as preocupações, os valores e os temas que perpassam o cotidiano dos telespectadores. E leva ao público novos modismos, hábitos e bordões.

  Esse universo 'ficticío' é cheio de valores e dita pautas para a imprensa real, assim como a vida real também serve de pauta para a construção dos textos dos personagens.
Nessa troca vão se construindo duas obras —  uma na ficção e outra na realidade.
E com isso a Tv ganha um número cada vez maior de telespectadores.

A vida do homem está em constante processo de construção e reconstrução, afinal é através de sua ação que as coisas surgem e o mundo se transforma, tentando buscar sempre aperfeiçoar as técnicas e fazer o melhor possível. E a  Tv como outras mídias ajudam no processo de construção e reconstrução. 
A telenovela instaura uma interação constante entre o que é real e o que não é real, chegamos a pensar algumas vezes que a cena assistida é o próprio real. 

terça-feira, 22 de maio de 2007

AMAZÔNIA, o verdadeiro eldorado





Terra de cobiça universal e de biodiversidade surpreendente, região de grande riqueza cultural e mineral, paraíso tropical para uns e inferno verde para outros; natureza exótica, pulmão do mundo ou simplesmente marca mercadologicamente produzida. É assim que muitos definem a Amazônia, esteriotipando-a conforme a visão de cada grupo, de cada interesse ou de cada experiência e vivência.
A Amazônia – subsistema do Poder Econômico Mundial – é uma marca natural tão ou mais famosa do que a Coca-Cola, que, no imaginário de um estrangeiro ou não, compete com o futebol e o samba, quando o assunto é Brasil. Essa situação às vezes agravada pela mídia, explica em grande parte a manutenção dos famosos mitos que ilustram a região.
A Amazônia é vista como um capital - um produto mercadológico – estando entre as três palavras que mais valem por milhões: Microsoft, Coca-Cola e Amazônia. A partir dessa visão mercadológica, a região tem sido alvo de ameaças de internacionalização e de ser declarada patrimônio da humanidade, não por motivos de preservação, mas por interesses de exploração.
Quando se fala da região Amazônica a mídia ignora o cotidiano e a vida simples das pessoas que vivem nesta terra tão cobiçada e desejada, retratam mais as riquezas que esta esconde sendo chamada, também, de “Quarto Mundo”. Os temas abordados sobre a Amazônia hoje são expostos de forma esporádica e quase sempre com enfoque pitoresco ou preconceituoso. Geralmente a Amazônia ganha destaque na mídia mundial por ocasiões de catástrofes ambientais, massacres, crimes e mega eventos.
O Brasil não conhece a verdadeira Amazônia, porque sua realidade não é divulgada. O Brasil e o mundo precisam ver a Amazônia nas suas peculiaridades e não só como uma fronteira, onde ainda parece existir uma natureza intocada, sem cultura, sem civilização. A Amazônia é uma região geográfica deste país que comporta características vitais de qualquer ambiente ocupado pelo ser humano, tem vida política, religiosa, comercial, industrial. Por isso também polui, cresce desordenadamente, sua população sobrevive em favelas nas periferias das cidades e também há violência como em qualquer outra região do país. Nela são os rios que imperam e ditam o ritmo de vida do homem, e são estes os principais meios de comunicação, de locomoção e de subsistência do amazônida.
Quando se trata da visão da Amazônia na mídia nos deparamos com dois paradigmas, de um lado há tendência de considerar a região um “inferno verde”, na qual só populações com técnicas de subsistência simples podem sobreviver nesta terra, devido às limitações do ambiente quente e úmido, de solos pobres e de chuvas torrenciais, de outro lado há um contraste com as visões paradisíacas de abundancia de recursos capazes de redimir o Brasil e beneficiar o mundo.
Assim a imagem que fica dessa região extremamente complexa e diversificada, longe de ser homogênea, é a de que a Amazônia, embora tenha potenciais inestimáveis, é uma região semi-abandonada, habitada por selvagens - sejam índios ou brancos criminosos. Contrasta com a visão externa à região, homogeneizadora, que a vê como natureza, como floresta, como atrasada, como reserva de recursos, como o futuro do Brasil e do mundo.
Escrito por Jandevânia Melo

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Transgênico, a força que move a economia

Os organismos geneticamente modificados, conhecidos como transgênicos, vem despertando polêmica entre cientistas e ambientalistas, quanto a segurança no consumo dos mesmos.
Os ambientalistas argumentam que a transferência de genes de uma espécie para outra pode comprometer a biodiversidade. Enquanto os cientistas defendem a produção dos transgênicos, argumentando que estes organismos podem diminuir o problema da fome no mundo.

Os argumentos de que a fome cresce no mundo e de que a produção tradicional de alimentos não é capaz de atender as necessidades das populações crescentes dos diferentes países do globo são freqüentemente usados pelos defensores das modificações transgênicas. Argumentos comuns são também os que apontam para a eficácia de tecnologias, através de modificações genéticas.

Há uma certa desconfiança quanto aos reais benefícios desses organismos vivos com modificação genética, mas a discussão vai mais além do que interesses próprios. Por mais que ambientalistas tenham opiniões contrarias, cabe aqui nos questionar se realmente os transgênicos serão capazes de diminuir o problema da fome no mundo, como dizem seus defensores. Até agora, pelo que se vê, os transgênicos só tem trago benefícios econômicos, pois a escolha das industrias de biotecnologia tem sido investir em alimentos com maior valor comercial – como o algodão, o milho e a soja – e não os mais acessíveis a toda população.

A biotecnologia vem possibilitando alterações importantes no paradigma econômico da agricultura mundial levando inclusive empresas transnacionais do porte da Monsanto a mudarem o foco de seus negócios e passarem de produtores de agrotóxicos a produtores de insumos.

Os alimentos transgênicos poderiam sim, trazer benefios à mesa do consumidor, desde que realmente esta prática de modificação genética não passasse de mais uma investida econômica. A partir do momento em que os alimentos são escolhidos e tem suas sementes modificadas, estes se tornam mais resistentes as pragas e conseqüentemente o plantio terá menos despeças e menos perca na produção. Quem ganha são os grandes produtores, enquanto a população carente provavelmente continuara sem alimentos por não terem como comprá-los.

Não podemos negar que os alimentos transgênicos podem ser a solução ao combate da desnutrição, mas se faz necessário haver mais pesquisas quanto a esses alimentos, pois pouco se sabe sobre seus reais efeitos no organismo humano. O problema é que as plantas transgênicas são iguais ao alimento natural, o que é injusto, pois o consumidor não sabe que tipo de alimento está consumindo.

Contudo, os transgênicos são uma realidade muito recente, não havendo ainda uma certeza consolidada sobre seu uso.
Jandevânia

PARAUAPEBAS - do churrasco gaúcho ao tacacá paraense, uma mistura de dar gosto

Imaginar o que se come em Parauapebas é mergulhar num caldeirão de mistura gastronômica com todos os sabores e variedades da culinária brasileira. Você já imaginou comer frango com quiabo e logo em seguida tomar um copo de açaí? Ou comer arroz com pequi e de sobremesa um bombom de cupuaçu?

Estas misturas parecem ser um pouco estranhas, mas quem aqui quem chega traz consigo um pouco da cultura de sua terra e, aos poucos, vai incorporando costumes e hábitos daqueles que também vieram de outras regiões em busca de uma vida melhor.

Assim, o município de Parauapebas, constituído em sua maioria por goianos, paraenses, mineiros, gaúchos, paulistas, maranhenses, tocantinenses e capixabas, não possui uma culinária própria. Ela se faz de toda essa mistura de gostos e paladares.

Aqui encontramos muitos restaurantes de comidas típicas de diversas regiões, dentre eles podemos citar a Churrascaria Gaúcha, localizada na rua E, que, como o próprio nome sugere, traz como prato principal o tradicional churrasco gaúcho. Temos também o Veleiros, na rua F, o Peso do Pará, na rua E, o Bebericar Comes e Bebes, na Chácara do Sol e o Ponto do Tacacá, na rua A, que servem pratos da culinária paraense como o vatapá, o tacacá, a maniçoba, o pato no tucupi, a caldeirada, entre outros.

Já os adeptos da comida nordestina podem encontrar pratos típicos dessa região, como buchada, panelada e sarapatel, nas barracas conhecidas popularmente como “de costa pra rua”, localizadas próximo à feira do produtor. E como representante das “quentíssimas” receitas baianas há o restaurante Sabores da Bahia, localizado no bairro Primavera, que oferece, além do famoso acarajé, a moqueca baiana.

O prato que se caracterizou como um dos mais consumidos pela população parauapebense é o espetinho. Esta iguaria pode ser encontrada em vários pontos da cidade com preço bem acessível. Acompanhado de farofa, vinagrete, mandioca e, às vezes, arroz, o popular espetinho agrada muitas pessoas que, por sua vez, possuem seus próprios hábitos alimentares.

O que interfere, de certa maneira, na hora de escolher o que comer é o alto custo de alguns produtos que vêm de fora. Podemos citar como exemplo os frutos do mar que, por estarmos a uma distância considerável do litoral, alcançam preços exorbitantes. Ainda assim há aqueles que consomem estas iguarias, mesmo que seja em pouca quantidade.

Quanto aos doces podemos dizer que há uma predominância da culinária paraense, já que os bombons de cupuaçu e de castanha-do-pará são apreciados em quantidades consideráveis.
Jandevânia Melo e Vanessa Vilarinho

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Luz, câmera e vulgarizAÇÃO

O circo está armado, assim como o palco, à espera de grosserias e de vulgaridades, sem qualquer pudor ou respeito à individualidade e a intimidade. Um cotidiano real? Não. Uma mistificação da realidade, uma farsa na qual reserva-se lugar para tudo, menos para o real pensamento e personalidade.
O brasileiro já não sabe o que é assistir a um programa de alto nível cultural. Que tristeza! Os programas a que estamos submetidos diariamente são, em sua maioria, de grande pobreza cultural, estando seus idealizadores mais preocupados com o retorno financeiro destes programas do que com a qualidade da informação a ser transmitida.
A mania da vez, os chamados reality shows, que simulam uma realidade sem qualquer proposta estética, sendo uma vocação espetacularizante e, muitas das vezes, sensacionalista, surge como um programa de exploração de emoções associada à centralização da cultura midiática nos projetos individuais, como o de ter fama, dinheiro e uma boa aparência física. Esses programas insistem em dramas reais e em histórias de vida de pessoas, antes anônimas, proporcionando àqueles que assistem uma certa identificação com os “personagens reais”, permitindo-lhes rever a sua vida de outro ângulo, agora como telespectadores e não agentes da ação. As várias versões e estilos dos reality shows, buscam obter retornos rápidos a partir da exploração fácil da emoção, na qual todo raciocínio é transformado em mercadoria, criando assim um campo ideológico de que tudo é belo, bom e fácil.
A sociedade de consumo vive obcecada por fazer passar a idéia de que as nossas vidas podem ser transformadas, mas o truque é que isso dificilmente acontece no plano em que a vida real não é um reality show.
Fascinados pelo“glamour” as pessoas são atraídas para esses reality shows, como se isso fosse a única e última solução para transformarem suas vidas, estando dispostos a fundirem sua vida privada com a pública sem nenhum constrangimento, desde que adquiram o tão sonhado “conto de fadas” ,e assim a TV terá um espetáculo para apresentar nas noites de cada dia, com um grande número de telespectadores procurando se refugiarem em um mundo de “faz de contas”.