sexta-feira, 27 de junho de 2008

MEIA PASSAGEM: UM DIREITO DO ESTUDANTE

É cada vez mais freqüente as discussões acerca do uso da carteirinha de meia passagem pelos alunos, dos diferentes níveis escolares, em Parauapebas. Os vanzeiros se mantêm intransigentes em não aceitar a meia passagem, colocando várias restrições de uso desse direito.

Todo dia uma nova reclamação surge por parte dos alunos, que são podados em usufruir de um direito. Na maioria das vezes os vanzeiros agem de forma arrogante e impetuosa para com aqueles que querem usar a carteirinha, tratando-os maus na frente dos demais passageiros.

De acordo com o artigo 264, inciso VI, da lei Orgânica do Município, só é assegurado a meia passagem aos estudantes, nos horários de início e final do turno de estudos, cabendo ao município subvencionar cinqüenta por cento dos custos do transporte estudantil.

Mas no ano de 2006 foi sancionado uma emenda, de autoria do vereador Euzébio, que assegura aos estudantes de qualquer nível o beneficio da tarifa reduzida à metade, o que fica implícito que é permitido o uso da carteirinha a qualquer hora, independente do horário em que se estuda.

Os vanzeiros alegam que não aceitam a meia passagem porque ficam no prejuízo, já que, o município não repassa os outros cinqüenta por cento, responsabilidade esta que consta na lei orgânica do município.

Os alunos por sua vez têm que arriscar na sorte, entrar em uma van cujo motorista não o tratará mal por usar de um direito – a meia passagem.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

João Cândido - o "Almirante negro" do mar


Bravo herói brasileiro, é assim que podemos descrever o líder da Revolta da Chibata, João Cândido. Ele tinha por objetivo pleitear a abolição dos castigos corporais na Marinha de Guerra do Brasil, que eram feitos ainda de forma monárquicos para com os marujos, fazendo suscitar um movimento em prol dessa abolição.

O “Almirante Negro” como era conhecido, foi o principal líder da Revolta da Chibata. Assim como os demais marujos, ele não era de acordo com as condições subumana que os marinheiros negros eram submetidos.

Militar brasileiro, João Cândido Felisberto, nasceu na Província do Rio Grande do Sul em 24 de janeiro de 1880 e, mesmo sendo filho de escravos de uma fazenda, conseguiu ingressar, aos 13 anos, na Escola de Aprendizes-Marinheiros do Rio Grande. Ele era mais um marujo negro na marinha de guerra brasileira que, a frente da Revolta da Chibata, desejava o fim do uso do chicote.

Mesmo com a abolição da escravidão, por meio da Lei Áurea em 1888, a marinha de guerra do Brasil, insistia em manter comportamentos escravistas e desumanos, mesmo que a época fosse outra, início do século XX . E como no tempo dos pelourinhos, o chicote era o principal instrumento de punição e de “disciplina” aplicado aos novos e velhos marujos.

A oficialidade branca não tinha nenhum resigno em querer o fim desse ato cruel, o açoitamento dos marujos, na maioria negros, deixava implícito a idéia de que o homem branco era superior ao negro. Uma idéia totalmente racista de demonstrar a força da marinha brasileira.

Se um marinheiro cometesse uma falta, como por exemplo, não lavar direito o convés, o oficial poderia castigá-lo com chibatadas. Sem falar nas péssimas condições de vida a qual os marinheiros estavam sujeitos. Eles dormiam em meio a baratas, o prato de comida era intragável, recebiam baixos salários e eram obrigados a prestar serviço militar por um longo período.

Decidido a modernizar a marinha brasileira, o governo de Marechal Hermes da Fonseca, havia comprado três navios ingleses, além de adquirir novos canhões, três cruzadores, três submarinos, seis torpedos e seis caça-torpedos. Quanto à abolição das chibatas, não fazia parte do plano de modernização da marinha, que passava a ser a terceira maior esquadra militar do mundo. O que gerou revolta por parte dos marinheiros, tendo eles se rebelado contra os comandantes.

Chefiados por Francisco Dias, João Cândido e outros tripulantes do Minas Gerais, navio da capitânia da esquadra, os marinheiros organizavam-se contra a situação humilhante de que eram vítimas, semelhante as condições dos navios negreiros. O mesmo ocorreu no navio São Paulo, chefiado pelo cabo Gregório e no Deodoro pelo cabo André Velino.

O movimento que vinha sendo articulado pelos marinheiros, ganhou força a partir do espancamento de mais um companheiro, Marcelino, que recebeu 250 chibatadas aos olhos de toda tripulação do navio Minas Gerais. A crueldade foi tanto que mesmo desmaiado, Marcelino continuou a ser açoitado, aumentando ainda mais a revolta dos marujos.

Sob a liderança de João Cândido, no dia 22 de novembro de 1910, os marinheiros se apoderarem dos principais navios da Marinha de Guerra brasileira eclodindo assim a Revolta da Chibata.

Com as rédeas do navio Minas Gerias e com a ameaça de bombardear os bairros elegantes do Rio de Janeiro, na época capital da República, os marinheiros exigiam o fim dos maus tratos, queriam que o governo proibisse o uso da chibata pela marinha, como fizeste outrora, Deodoro da Fonseca em 16 de novembro de1889 por meio de um decreto, mas que vigorou somente durante um ano.

Enquanto bandeiras vermelhas eram hasteadas nos navios amotinados na Baía da Guanabara, os oficiais do movimento enviavam mensagens ao presidente da República e ao ministro da Marinha, clamando por respeito e por um basta nas humilhantes punições. Os oficiais da armada, em posse dos novos navios e de canhões, estavam decididos a lutar por seus direitos.

A negociação não era simples, pois de um lado estava a Marinha, que queria a punição dos rebelados e do outro o governo e os políticos, que sabiam não ter forças para acatar a exigência da marinha, em punir os rebelados a qualquer preço, mesmo que alguns oficiais da armada tivessem que morrer. O governo estava ciente de que os marinheiros estavam militarmente mais preparados do que a Marinha de Guerra, em virtude de estarem com o comando de quase toda armada e com a pose dos canhões das belonaves apontando para a cidade do Rio de Janeiro.

Após cinco dias de revolta, as bandeiras vermelhas desceram do mastro, os marinheiros estavam confiantes da vitória. Depois de muitas reuniões políticas, com a participação de Rui Barbosa, era aprovado um projeto de absolvição dos amotinados e o uso da chibata como norma de punição disciplinar na Marinha de Guerra do Brasil, tornava-se proibida.

As forças militares inconformados com a audácia dos marinheiros em confrontar os “brios da Marinha de Guerra”, fecharam o cerco e juntamente com civis vingaram a ousada conquista destes bravos marujos.

Para desarmar os marinheiros de qualquer atitude sublevar, o governo assinou um decreto que previa a demissão de qualquer marinheiro. A marinha por sua vez fez suscitar várias conspirações contra a guarnição da ilha das Cobras, tudo para ter um pretexto que desencadeasse numa repressão sobre os marinheiros negros. Como conseqüência ocorre uma verdadeira chacina.

Os marujos que haviam sido presos, foram exterminados durante viagem para o Amazonas e jogados ao mar. João Cândido e seus companheiros foram presos numa masmorra da ilha das Cobras, e aos poucos foram morrendo em conseqüência as péssimas condições que viviam enclausurados ou fuzilados sem julgamento.
João Cândido após enlouquecer foi internado, conseguindo alguns anos depois se restabelecer fisicamente e psicologicamente. Sozinho, abatido, na miséria e tuberculoso, vem a falecer na cidade do Rio de Janeiro, sem patente, sem aposentadoria e até “sem nome”.

A coragem deste “Almirante Negro” em defender sua raça, seu povo, em lutar por um ideal de liberdade deve ser seguido. É de homens corajosos e determinados a lutar pelo bem comum, como João Cândido, que nosso país necessita para que os direitos humanos, promulgados em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), sejam respeitados.

Não podemos esquecer de heróis que se doaram há causas nobres, que reconheceram na desigualdade da “força” um instrumento poderoso tanto para o mal como para o bem.
Afinal, mesmo que conste na constituição dos direitos humanos, 4º e 5º artigo, que ninguém deverá ser mantido em escravatura ou em servidão; sendo a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, proibidas, assim como a submissão à tortura ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, esse tipo de tratamento continua a existir, mesmo que seja em casos isolados e isso não pode continuar.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

UFRA promove III Semana de zootecnia em Parauapebas

Será realizado no próximo dia 27 e 28 de junho a terceira Semana de Zootecnia de Parauapebas. A semana é organizada em comemoração ao dia do zootecnista, comemorado no dia 13 de maio.
Este ano o tema escolhido foi "Diversidade do Agronégocio Sustentável", que visa por meio de palestras e oficinas, levar conhecimento a todos a fim de obter um desenvolvimento sócio-ecônomico da população de forma sustentável e a preservação do meio ambiente.
O cerimonial de abertura será às 9:00h do dia 27, no auditório do Centro Universitário de Parauapebas (CEUP). Entre os temas das palestras está: Diversidade do agronegócio sustentável e Avaliação genética para seleção de bovinos, ministradas pelo zootecnista Rafael Arraz e pela professora da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Luciara Celi da Silva, respectivamente.
Na tarde do dia 27 e durante todo o dia 28 será ministradas oficinas, entre as quais: Resíduos tóxicos em alimentos de origem animal e vegetal, criação sustentável da criação de galinha caipira, produção de abelha sem ferrão, bases da agricultura familiar, produção sustentável agroecológica de peixes, manejo racional do solo e os benefícios da rotação de culturas, entre outras.
O evento é destinado a produtores rurais, alunos e a toda comunidade interessada na área. A inscrição poderá ser feita na secretaria da instituição localizada no CEUP, na rua A, Qd. Especial, no bairro Cidade Nova, das 08:oo às 18:00hs.
Todos os participantes receberam no término do evento um certificado.
Dia do zootecnista

O dia 13 de maio foi escolhido para comemorar o Dia do Zootecnista em alusão à criação da Faculdade de Zootecnia de Uruguaiana (RS), a primeira a implantar o curso no Brasil, em 1966, tendo como idealizadores os professores Octavio Domingues e José Francisco Felice.
A regulamentação da profissão data de 1968 (Lei 5.550/68) e classifica o zootecnista como o profissional das ciências agrárias, responsável da produção racional de animais domésticos ou daqueles em domesticação (silvestres).
A zootecnia é o ramo das ciências agrárias voltada para a criação, produção, manejo e produtividade animal, atendendo para todos os ciclos da vida.