sexta-feira, 18 de maio de 2007

Transgênico, a força que move a economia

Os organismos geneticamente modificados, conhecidos como transgênicos, vem despertando polêmica entre cientistas e ambientalistas, quanto a segurança no consumo dos mesmos.
Os ambientalistas argumentam que a transferência de genes de uma espécie para outra pode comprometer a biodiversidade. Enquanto os cientistas defendem a produção dos transgênicos, argumentando que estes organismos podem diminuir o problema da fome no mundo.

Os argumentos de que a fome cresce no mundo e de que a produção tradicional de alimentos não é capaz de atender as necessidades das populações crescentes dos diferentes países do globo são freqüentemente usados pelos defensores das modificações transgênicas. Argumentos comuns são também os que apontam para a eficácia de tecnologias, através de modificações genéticas.

Há uma certa desconfiança quanto aos reais benefícios desses organismos vivos com modificação genética, mas a discussão vai mais além do que interesses próprios. Por mais que ambientalistas tenham opiniões contrarias, cabe aqui nos questionar se realmente os transgênicos serão capazes de diminuir o problema da fome no mundo, como dizem seus defensores. Até agora, pelo que se vê, os transgênicos só tem trago benefícios econômicos, pois a escolha das industrias de biotecnologia tem sido investir em alimentos com maior valor comercial – como o algodão, o milho e a soja – e não os mais acessíveis a toda população.

A biotecnologia vem possibilitando alterações importantes no paradigma econômico da agricultura mundial levando inclusive empresas transnacionais do porte da Monsanto a mudarem o foco de seus negócios e passarem de produtores de agrotóxicos a produtores de insumos.

Os alimentos transgênicos poderiam sim, trazer benefios à mesa do consumidor, desde que realmente esta prática de modificação genética não passasse de mais uma investida econômica. A partir do momento em que os alimentos são escolhidos e tem suas sementes modificadas, estes se tornam mais resistentes as pragas e conseqüentemente o plantio terá menos despeças e menos perca na produção. Quem ganha são os grandes produtores, enquanto a população carente provavelmente continuara sem alimentos por não terem como comprá-los.

Não podemos negar que os alimentos transgênicos podem ser a solução ao combate da desnutrição, mas se faz necessário haver mais pesquisas quanto a esses alimentos, pois pouco se sabe sobre seus reais efeitos no organismo humano. O problema é que as plantas transgênicas são iguais ao alimento natural, o que é injusto, pois o consumidor não sabe que tipo de alimento está consumindo.

Contudo, os transgênicos são uma realidade muito recente, não havendo ainda uma certeza consolidada sobre seu uso.
Jandevânia

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