sábado, 24 de maio de 2014

Educadores municipais de Xinguara são coibidos por seguranças e cinegrafista

Os educadores municipais de Xinguara estão vivendo um momento de intensa luta pela garantia de seus direitos e melhores condições de trabalho. E nos últimos dias a situação tem ficado ainda mais delicada: professores têm sido coibidos a entrar em seus locais de trabalho para convidar pais e responsáveis para reuniões de esclarecimentos quanto às reivindicações da categoria, alguns professores até sofreram tentativas de agressão física e outros calúnia e difamação.
Somado a ação de acatar uma recomendação do promotor, em contratar temporários para ocupar o lugar dos professores que se encontram em greve, o governo ainda tem colocado na frente das escolas guardas municipais para coibir a entrada de qualquer professor grevista no estabelecimento escolar e propagado em algumas mídias locais que as aulas estão normatizadas em todos os estabelecimentos de ensino.
Como resposta aos grevistas o governo começou a contratar deste o dia 12 de maio, sem qualquer concurso de caráter emergencial ou edital de qualificação profissional, substitutos temporários. Porém, muitos pais tem reclamado que alguns dos substitutos são guardas, monitores do programa Mais Educação e até mesmo pessoas sem o curso de magistério.
Já de acordo com o Sintepp as salas de aula não estão com 100% dos alunos e algumas turmas estão sem substitutos.
“Não estamos tendo aula direito, o substituto que está na sala no lugar do nosso professor não sabe o conteúdo e só fica enrolando, estamos tendo uma ou duas aulas por dia e nossa merenda também precisa melhorar. O prefeito deveria valorizar nossos professores, pois deles depende o nosso futuro”, declarou Carolina Gomes, aluna do 9º ano.
No último dia 15 de maio a professora Jandevânia Oliveira foi coibida ao entrar no seu local de trabalho, a mesma teria ido à escola para entregar um dinheiro a uma colega e foi seguida por 4 homens durante todo o tempo que permaneceu dentro da escola, sendo que um deles presta serviço de cinegrafia a prefeitura e outro é o diretor de um jornal da cidade.
“Senti-me uma assassina sendo perseguida para ser presa. Sou professora, ajudo a formar cidadãos e não sou bandida. Tive a minha liberdade invadida por esses seguranças, mas já estou tomando as medidas legais para tal ação abusiva”, declarou a professora.
Desde o dia 14 de abril os professores municipais de Xinguara se encontram em greve e até o momento todas as ações do governo municipal em impedir a luta destes trabalhadores foram vetadas.



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